sábado, 22 de novembro de 2008

Teu poder

Como eu queria saber de cor, a maciez das linhas do teu rosto e os contornos definidos desse corpo q adivinho na sombra de um eterno jogo de intenções dissimuladas e mal intencionadas...

Queria saber de cor, o sabor dos teus beijos no enlouquecido balanço dos meus sentidos e a doçura branda do sorriso com que me adormeces e me desarmas sempre que com os olhos prometes o que em palavras, vais deixando por cumprir ou mesmo te falta a coragem pra falar...

Queria saber-te de cor, sentir-te como um todo!

Prender-te nos meus pensamentos...

Porque o coração e os olhos nunca me enganaram e a pele guarda ainda fresca na memória o prazer

q o tempo não desvanece!

Queria saber de cor do toque dos teus dedos nessa urgência de desejos que me assalta e essa insana agonia de me sentir desnuda diante dos mistérios desses olhos com que me afagas...

Queria saber de cor todos os teus passos, todos os teus gestos e todas as palavras q usas para me confundires e enfeitiçares.

Ah, e como fazes bem isso, chega a ser perturbador...

Mas, porque ao querer saber mais de ti, mais pressinto vivo e intenso teu mistério.

Me deixas perdida, no gigantesco inferno da paixão que me devora!

Bebo tuas palavras profundamente, da nascente da tua boca, com a avidez de quem, em desespero, sonha com um oásis, na esperança de finalmente, poder acalmar a imensa sede que trago comigo!

E então secretamente prossigo, em sucessivos avanços e recuos, ao sabor do q quero e não quero, mas sabendo q logo cederei, como sempre...

E à vezes estremeço de medo... Medo de nunca mais me encontrar depois de me ter deixado perder!...