segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Inconsequente amor...

O teu amor se faz presente, inconseqüente, no arquitetar dos meus planos e na descoberta dos meu enganos, na lágrima dos meus tristes sonhos até a alegria dos mais risonhos, no planejamento dos meus atos e na sutileza dos meus desacatos, nos longos intervalos da minha espera e no feliz encontro da minha quimera...
O teu amor se faz presente, inconseqüente, na taça cristalina do meu vinho nas menores curvas do meu caminho, nas entrelinhas das minhas histórias e na conquista das minhas vitórias, no ritmo acelerado do meu compasso e em toda a extensão do meu espaço, nas longas histórias que eu contei e no beijo esperado que não te dei...
O teu amor se faz presente, Inconseqüente, no balanço acelerado da minha canção e nos prementes anseios da minha oração, nas milhares de razões da minha vida e na cicatriz apagada da minha ferida, na expressão cansada do meu rosto e nas marcas profundas do meu desgosto, nas linhas cruzadas da minha mão e no recôndito mais escuro do meu coração...
O teu amor se faz presente, inconseqüente, nas causas e efeitos dos meus gritos e nas resoluções de todos os meus conflitos, na espera prolongada das minhas decisões e no explodir alegre das minhas emoções, nos monstros escondidos dos meus segredos e na guerra acirrada com os meus medos, nos limites estritos da minha justiça e nas bênçãos finais da minha missa...
Teu amor se faz presente, inconseqüente ...
Mas minha razão se fez presente e ver que voce foi tão inconsequente que já passa desapercebido.
(Cleide Canton Garcia )