sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ainda que eu me cale...

Ainda que eu me engane, ainda que eu tente o teu nome pulsa na minha memória com a cadência do ritmo do meu respirar.
Estás nele. No meu respirar. Estás em cada sentido meu e vens sempre em sentido contrário.
E eu não baixo o meu olhar. Ainda que te negue. Ainda que negue que me nego.
Fecho os olhos, mas tu continuas em mim. E eu não sei se te chamo, se me calo, se te puxo, se te empurro, se te amarro uma venda e te rodopio até ficares tonto... até caires sobre meu peito e me cegares com o teu sabor.
Ou se te alimento como uma loba que se rói de prazer com os teus gemidos sussurrados e os traços de língua e sal que deixarias em mim.
Gostaria de saber como esquecer da superlatividade dos teus beijos, se nem ao menos os tive.
Acredite... há coisas que nunca conseguirei aprender. É que tu estás no meu respirar. Estás no meu desejo mesmo que eu fuja, ainda que eu te negue e mesmo sabendo que é puro exagero, ainda te espero.
Quando no respirar se tem um nome, uma imagem, um cheiro, um desejo, uma paixão, um demonio chamado amor, tudo faz sentido mesmo que se negue e se fuja. A marca é indelével, está e permanece.

Se for possivel, não me negues por que eu, só te desejo.