terça-feira, 14 de outubro de 2008

Soneto Do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e a miúde,
É que um dia em teu corpo, de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
(VINICIUS DE MORAES)