Por todos os caminhos, os passos que me acompanham são os da vontade de chegar perto de ti, sempre mais depressa do que, às vezes, consigo andar.
Por isso caio e perco tempo pelo chão...
Daí me levanto e volto a cair e assim sucessivamente...
Ainda que os acidentes façam parte da caminhada, a vontade em mim é sempre urgente e, por isso me desespero durante as quedas e me desequilibro ao levantar. Porque quero correr para ti antes de por os pés no chão...
Ah se eu podesse...
Se pudesse voava, mas ninguém me ensinou a flutuar. Ainda não tenho asas, por isso, desculpa meu amor, o barulho que faço quando caio por terra sempre sem cair em mim.
Um dia viajarei tão suavemente os caminhos ao teu encontro, que só ouvirás meu respirar no infinito, depois de te beijar a nuca...